25 maio 2009

Coisas da bola


Há muito tempo que o programa andava prometido e ontem acabou por ser concretizado. Falo da ida da minha filha à bola.

Quem me conhece e sabe que lá por casa nunca ninguém foi em futebois, estará a esta hora espantado pensando que, com tantas recentes novidades na minha vida, pirulitei de vez e me deu para um programa destes. Não, claro que não! E espero que as mudanças não me levem até aí...

O programa já tinha sido proposto há muito pelo fanático do vizinho do lado, que tenta arrebanhar inocentes crianças para a sua tara clubistica - o Sporting! Como tem uma filha que por acaso é só uma das melhores amigas da minha, até porque tiveram o privilégio de nascer apenas com um ano de intervalo e por isso cresceram a brincar juntas, lá foram os três, munidos de cachecóis e bandeirinhas (não sei se estou a exagerar mas o cenário real não deve ter ficado longe desta minha imagem foleira).

Agora, na ressaca, aqui ficam os deliciosos preliminares e as posteriores confissões da minha filha, passando por uma tirada de feiticeira pelo meio:


Episódio 1:
(quando me telefonou a pedir autorização para ir ao jogo)
Eu: Claro que sim. Diverte-te... e olha, grita muito!
M. Ah, podes crer! Até os adolescentes da minha escola dizem que eu grito mais do que eles!..


Episódio 2:
(antes do jogo)
Conversa telefónica entre a M. e a avó materna, a caminho do estádio:
M.- Avó, hoje vou atraiçoar a memória do meu avô!... (esclareça-se que o avô está vivo e recomenda-se mas, tal era o peso da traição, a rapariga não conseguiu encontrar melhor expressão para clarificar como poderia o avô, que heroicamente a fez sócia do Belenenses quando ela tinha apenas 6 meses, se poderia sentir aquela hora...)
Avó - Tu és a ovelha negra da família!... (avó em gozo)
M. - Não avó, a ovelha VERDE!
(risos e mais risos)


Episódio 3:
(no estádio)
Z. - Bem, vamos embora que é para fugir da confusão (dizia o vizinho olhando para o relógio pouco antes do fim da partida e já com o papo cheio de 2 golos que garantiam a vitória)
M. - Não, vamos ficar até ao fim que ainda marcam mais um golo!...
Z. - Tá bem... vamos lá ver isso!...
E NÃO É QUE MARCARAM MESMO?????
(acho que depois desta a minha filha vai ser arrastada qual amuleto para todos os jogos daqueles infelizes!)


Episódio 4:
(já em casa)
M. - Não percebia nada daquilo, nunca percebia quando é que marcavam golo ou falta!... Se marcavam um golo era uma gritaria! Se marcavam falta, era uma gritaria!...


E sabem que mais?... Ainda bem que há futebol, e vizinhos assim! (mas não abuses!)
Beijinho grande, Z.


P.S: a minha M., na sua transbordante e inesgotavel alegria de viver, até de um miserável jogo de futebol tira prazer!

4 comentários:

  1. hehehe está gira a descrição! ;)

    eu detesto futebol, bem, sou benfiquista por simpatia ao meu patrício eusébio mas de resto, não entendo nem nunca fui...por acso, a minha filha até vibra c isso...se calhar, qq dia é 'arrebatada' p/algum amigo fanático, nunca se sabe.

    bjo grnd e agora apetece-me dizer: "e bibó portoooo"

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  2. Muito bem escrito, muito giro são sentires da vida, a bola é apenas mais uma coisa que transmite tristeza e alegria, muita vivência como tudo o mais só que com muita paixão como só algumas coisas muito poucas ...já agora VIVA o PORTO Claro.... felicidades e um sorriso para si

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  3. azulebranco: muito obrigada pelo comentário e pela visita a este longinquo Lugar de Mim.
    Sorriso :)

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