27 maio 2009

Porque tudo é sempre o que se quiser




Há fases na vida que se repetem, outras que se renovam. Fases em que parecemos parados no tempo e outras em que ele nos ultrapassa, na vertigem de acontecimentos que nos surpreendem até a imaginação. Uns e outros são momentos ímpares nas nossa vidas, fases profundamente fecundas no encontro de nós. Pelo menos assim os encaro ou tento encarar, mesmo quando a vontade aperta no sentido de o ignorar e a tentação de voltar costas à oportunidade de mudança é o apelo mais forte. Porque desistir é incomparavelmente mais fácil do que reinventar.


Mas, afinal, para que serve um vaso vazio? Para preencher com terra, aconchegar sementes e alimentar de água para depois poder ver germinar e crescer o fruto da nossa dedicação e empenho. E não pode ficar simplesmente vazio? Claro que pode! Mas, na realidade, o que mais no encanta? Um pedaço de barro estéril ou a frescura da vida para cuidar e contemplar?


A minha tenra planta cresceu, entre momentos em que as folhas murcharam e outras em que os sucessivos fertilizantes da vida a fizeram recuperar o vigor. Hoje é o dia em que a transplanto para o lugar que com ajuda mas também com mérito conquistou, um largo terreno onde sei que, apesar de ventos e tempestades terá a capacidade de continuar a existir, porque as raízes são já extensas e o caule suficientemente forte para balouçar, sem quebrar.




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